sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Que horas são?


“O desenvolvimento da ciência e das atividades criativas do espírito, exige uma liberdade que consiste na independência do pensamento em relação às restrições do preconceito autoritário e social” Albert Einstein

                                                                            
Com a internação de um dos meus parentes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mais precisamente do meu avô, pude perceber de fato que ainda os hospitais custam em cumprir com a proposta da plaquinha fixada na parede. No caso do hospital em questão, e acredito que muitos outros ainda nesse Brasil a fora. Acredito que se não todas, uma grande parte das pessoas trabalham e muitas vezes estudam. Em situações como a internação de um ente querido a possibilidade de visita se faz restrita, devido aos limitados horários disponibilizados pelos hospitais.
Desculpe-me a franqueza, mas a é ridículoooo, acredito que muitos dos visitantes sentem-se incomodados com a impossibilidade de visitar apenas aos finais de semana devido ao fato dos hospitais não disponibilizarem horários mais flexíveis, ou até mesmo a possibilidade de visita sem restrições de horários. O que proponho não é algo novo, pelo menos (como sempre) não aqui no Brasil, hospitais como Florida Hospital, disponibilizam a chance de visita sem restrições. Já que brasileiros adoram copiar o que vem de fora, que ao menos copiem os bons modos. Do ponto de vista humanizar e hospitalidade é um grande avanço tal hospital disponibilizar essa possibilidade. Hospitais que adotam essa conduta, normalmente passam a real imagem que além de se preocuparem com o paciente, entendem que a presença do acompanhante é de extrema importância para o estado de recuperação do mesmo. Quando me refiro à recuperação desejo que fique claro que não acredito que um estado clínico irreversível atestado pelos médicos possa mudar subitamente, mas que é confortante para aquele acompanhante que esta vivendo aquelas momentos, saber que pode fazer o que estava dentro das suas possibilidades. Sendo assim é de grande importância que as visitas dos acompanhantes (por mais difíceis que sejam para toda a equipe médica) sejam vista como um fator positivo para ambos os lados.
Em uma sociedade aonde o tempo vale ouro e grande parte dos compromissos sempre são inadiáveis, cabe aos hospitais se adaptarem a essa realidade. Sendo essa atitude uma mudança para os funcionários vista como um infortúnio, que eles sejam profissionais maduros o suficientes para entender que essas serão SIM as novas normas e que se não estiverem satisfeitos por terem que ser solícitos e responder a questões similares já feitas ao longo do dia, haverão outros profissionais que com mais boa vontade e intencionados pelo amor ao trabalho farão muito melhor.
Portanto hospitais desse Brasil quando será a HORA que vocês de fato se flexibilizarão e demonstrarão que os valores dentro dessas grandes instituições realmente são colocados em prática e não esquecidas ao longo das horas limitadas por vocês mesmos?


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