quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Mesa Redonda ICESP

 

Evento fresquinho acontecendo! Não percam






Ter é melhor que ser


Ter é melhor que ser? Dependo do que se trata, não é mesmo. Em dias atuais, aonde o mercado te engole em menos tempo que você pode imaginar assumir cargos de lideranças, como coordenações ou gerências, sem o devido preparo é mais comum do que se pode imaginar. Por conta disso, indústrias, comércios, meios de saúde entre outros sofrem por tal precipitação. Como nas brincadeiras de criança se eu cantar: “Quem tem um coordenador imaturo põe o dedo aqui que já vai fechar”, no instante seguinte eu sou pisoteada por uma multidão sem fim. Adentrando especificamente na área da saúde, nos deparamos diariamente com profissionais formados em grandes universidades e até mesmo algumas vezes com pós-graduações, mas que mesmo assim não sabem nem fazer um dimensionamento de enxoval adequado, ou muito menos sabem priorizar suas atividades diárias, e sabem lá se conseguem definir quais as funções das atividades relacionadas a cada cargo.
Hoje são esses jovens na faixa dos 25 aos 29 que ocupam o cargo de coordenador ou coordenadora e que adoram ser chamados de chefinhos e chefinhas, mas que ao certo não sabem estreitar relações com os demais departamentos, ou que só sabem se comunicar com sua própria equipe via e-mails, que não apresentam os objetivos que a empresa procura, ou muito menos definem metas para a elaboração de processos na realização de um plano de ação. No entanto para que tudo isso, quando o que mais importa é colocar no status do facebook que você é coordenador (a), isso já o suficiente para os meus 500 amigos saberem que você deu certo na vida
Mesmo que grande parte das pessoas não saiba que esse coordenador (a) assuma ideias e postura de uma chefia do século passado. Obviamente que nos tempos do ter e não do ser, nos meios profissionais essa característica vazia se refletiria e muito. Aonde o vazio do ter sem saber é o que se faz presente na vida pessoal e como conseqüência, na profissional. Minha professora Margarida de Serviços de Hospedagem disse que aprendemos pela dor, concordo plenamente, mas não precisa ser aos prantos. Coordenações despreparadas refletem diretamente no trabalho de uma equipe toda, desde a simples desorganização da mesa, até a desmotivação e alto número de rotatividade do departamento. Passou da hora desses profissionais sentarem em suas cadeiras e ao longo do dia enviar mais de 20 e-mails achando que alguém consegue acompanhá-los. Está na hora de sair de suas salas e estreitar laços cara a cara, ou seja, representarem de fato o departamento que comandam. De aprender com os cursos para lideranças positivas e colocá-las em prática. No entanto sabemos cá entre nós que nem metade fará isso, pois dá trabalho e mais trabalho fora o que já se tem todos os dias ninguém quer.
Melhor assim, isso abre portas para os que realmente são competentes e fazem a diferença. Agora é torcer para cruzar o caminho de um profissional desses!
E vocês já passaram ou passam por algum tipo de situação parecida?