segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Abandonei o navio...

          O que a natureza pede da macieira é que produza maçãs, da pereira, que produza peras.                               A natureza quer que eu seja simplesmente homem.
                      Mas um homem consciente do que sou e do que estou fazendo.
                                                                                                C.G.Jung



Sabe aquela sensação, quando de repente, aquele bunitinho que você esta suuuuper afim, depois de maravilhosos finais de semanas, saindo praticamente toda semana, quase dando a entender que isso vai dar namoro... eeeeee aiiiii ele não te liga mais, não responde mais aos seus e-mails, o cara someee, sem explicação nem aviso prévio. Aquela sensação de: "o que eu fiz de errado? Onde eu errei? Porque ele não foi sincero? Acredito que tanto mulheres como homens já passaram por isso.
Pois bem, quando estamos todos envolvido em projetos dentro de empresas e aquele cabeça do projeto, aquele que alimenta as suas esperanças com a suposição de novos projetos, a chance de implantação e melhoria do setor, quase que um namoro, simplesmente anuncia que esta deixando a equipe porque recebeu uma proposta melhor, pelo menos pra mim, é como uma apunhalada, a mesma sensação quando o cara resolve desaparecer.  O mundo coorporativo é assim mesmo, o tempo todo algo novo aparece e ai cabe a você como profissional requisitado, aceitar ou não. Eu entendo isso, entendo essa possibilidade, mas vou te falar é triste. Eu gostaria muito que os profissionais que se encontram em realização de projetos, por favor, por mais que diversas outras propostas aparecem, finalizem aquela. Sua mãe nunca ficou falando: “Meu filho você tem que terminar o que começou”. Ela estava certa. O pior de tudo é quando aquela proposta que nem é pro mesmo setor que a pessoa estava atuando, é para um setor que a pessoa atuava antes, é como se a pessoa não soubesse de fato o que quer da vida e se aparecer uma proposta melhor no que ela deixou na mão, então ela volta para aquele setor, deixando mais pessoas na mão do outro que ela também não finalizou.
 Como vivemos na geração do Y, onde as mudanças acontecem com a mesma velocidade de uma mensagem de texto, eu entendo tudo, até porque eu sou dessa geração e sei bem a velocidade de uma mensagem. Mas o que preocupa é que sim, temos que terminar o que começamos, porque se não ao longo da sua carreira você será conhecido como a pessoa que nunca termina nada do que começa ou que você não esta lá pelo projeto e sim pelo dinheiro (bem se for só pela grana pelo menos não deixe assim tão na cara). Pessoas com os cabeças dos projetos abandonados (parece nome de tribo indígena), normalmente se sentem abandonadas e que a implantação dos projetos futuros discutidos em longas reunião (que pareciam que nunca iam ter fim), virarão lendas urbanas, ou seja, fica só na imaginação.
Todo processo de implantação é muito difícil, até porque, fazer com que com que mais uma vez os carecas que mandam lá do topo entendam a necessidade da mudança é extremamente difícil, ai eles só colocam mais burocracia em coisas que poderiam ser feitas com muito menos tempo. No entanto ai esta a chance de mostrar a sua força. Claro sei que vocês podem pensar que existem projetos que por mais tentativas de dar certo, isso não vai acontecer.
Isso acontece em qualquer departamento, se hoje falo a respeito disso é porque dentro do setor presenciei bem de perto um acontecimento desses, e foi essa a maneira como me senti naquela época.
Tudo é uma questão de análise, bom senso e caráter. Mas espero que de fato os profissionais que tanto enchem o saco da geração Y possam ser aqueles que dêem exemplos positivos e não como o capitão do navio da Costa, que quando as coisas apertaram foi o primeiro a deixar aquilo que era de sua maior responsabilidade, o navio.
E vocês? Já se depararam com alguma situação parecida?

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